segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vampira...





Vampira...

A noite entra pela janela com o vento
Que desenha formas sombrias nas cortinas
Meu corpo é todo um arrepio de presságios
Minha alma tece o agora com os retalhos do passado

Saudades...desejos...anseios...por que? por quem?
Sinto falta de rever as paisagens que jamais vi
Sonho todas as noites com rostos que não conheço
Acordo para esquecer os sonhos torturantes

Os pios das aves noturnas anunciam...ele vem, enfim
Pressinto sua chegada, a janela estremece,
jasmins e lírios se desmancham sobre meu corpo
repasto do seu apetite, prisão da minha alma

Quero-o...ainda que seja minha perdição
Sinto-o...mesmo que venha de outro universo
Vejo-o...e o reconheço, meu Lord feiticeiro
Toma-me e leva-me: já não mais me pertenço

Minh'alma farta de te esperar, enfim,
Entrega a ti um corpo para o sacrifício.
Derrama o sangue que unirá as vidas para sempre
Quero alimentar-te de mim, ser eu em ti, eternamente.


Bíndi